Exceto nas vezes em que minha situação for decrépita, não vou me utilizar do direito que comumente o idoso tem de furar filas e receber atendimento especial.
Há pouco, aguardando ao menos há uma hora por atendimento, deparei-me com um casal, 45 e 65 anos, saúde impecável, com senha para atendimento especial em mãos e uma sensação latente de malandragem. E não só. Vi também gente nova negociando a aclamada senha com senhores em idade sexagenária, como se a condição fosse própria para negociação. Ética às avessas.
Sou patriota e continuo achando que quem não gosta do Brasil, fato, deve preparar suas malinhas, juntar dinheiro + passaporte, comprar passagens promocionais (só ida) e não voltar mais. Mas, eu concordo, alguns traços culturais do brasileiro são bastante discutíveis.
Quando aos 60, chego se Deus quiser, vou preferir me passar por 40, curtir a vida como aos 20 e reviver o espírito justo e puro de uma criança.