Carta aos Pombos

 

Luzinete nasceu em Pernambuco, onde conheceu Nê, ainda bem novinha, com quem se casou. Tiveram Renata, filha única da família que, como muitas da região, também sonhava com uma nova vida. Resolveram, então, que viriam à cidade grande (…) e assim o fizeram: o pai antes, Lu e sua filha tempos depois.

Guarulhos acolheu a família. Bem da verdade, Nê passou a trabalhar em padarias de bairro; Lu, em casas de família. Entre umas, outras, pães quentinhos e cozinhas arrumadas, Renata cresceu. E cresceu junto aos pais – um lindo casal –, em ambientes de carinho e amor.
1996 foi um ano diferente. Numa casa grande, fincada na região central de Guarulhos, Odorica e Odair precisavam de auxílio. Cynthia e Willian, adolescentes pestinhas, bem pareciam com furacões quando adentravam à casa. Mochila e roupa de escola no chão, almoço à mesa e muita bagunça! Luzinete, então, viveu uma reviravolta em sua vida profissional. Renata tinha 8. E Lu, mulher corajosa, aceitou a proposta de trabalho.

À luz daquela época, Luzinete andava quatro quilômetros a pé, deixava Renata no internato Irmã Celeste e partia para o árduo trabalho. Ao fim do dia, voltavam juntas para casa (…) também a pé, eram mais quatro quilômetros. A mãe trabalhava e, por vezes, Renata também. Ainda pequena, cuidava do jardim com o saudoso Vô Ernesto. Bons tempos.

Desde então Luzinete passou a fazer parte da família, e Renata também. 15 anos se passaram e um tantão de coisas aconteceram: Cynthia foi para Minas Gerais, Willian se tornou professor, Odorica transformou toda a casa e Odair trocou de carro; Nê continuou palmeirense e sua filha já é uma mulher.

Renata nasceu em Pernambuco, onde não conheceu Hildebrando. Conheceu em Guarulhos, onde vão se casar. Em Guarulhos as duas famílias de Luzinete cresceram (…) e em Guarulhos mais uma está prestes a nascer: a família de Renata e Hildebrando. É também em Guarulhos que a família Girarde ainda mora (…) e daqui, bem pertinho, Odair, Odorica, Willian e Cynthia continuam a torcer para que Luzinete, Nê, Renata e Hildebrando sejam FELIZES PARA SEMPRE (…) “na alegria, na tristeza, na saúde ou na doença”.

2 comments on “Carta aos Pombos”

  1. Famílias bonitas e com bons costumes só podem produzir pessoas encantadoras, que formarão novas famílias felizes. Felicidades aos pombinhos que já fazem parte daqueles que conhecem a força do amor. =)

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