Castelinho

Eu não trocaria nosso castelinho sequer por aqueles castelos lindões que se embrenham pelas montanhas da Europa. Nenhum, por mais valioso que fosse.

O castelinho e uma nova piscininha a cada vaivém das ondas, nossos passeios com pés na areia, depois descalços, na areia de novo, no saguão do hotel, depois naqueles quiosques que desenham a orla e servem comidinhas com gosto de mar. No ar, o funkeado ritmo carioca e as músicas que inventávamos enquanto, juntos, você sobre meus ombros, formávamos à frente dos pés, ao caminhar, as sombras com o sol já inclinado, queimando nossas costas bem ali — quem diria? — na famosa calçada que rebola em pedrinhas pretas e brancas onde as pessoas vêm, vão, cantam e encantam o Rio de Janeiro. Copa, Copacabana. 🎶

Memórias para a vida.

E assim, Emanuel, grão a grão, vamos construindo nosso castelinho. E a vida vai tomando forma como nunca, sem concreto, sem a rigidez de uma arquitetura quadrada, sem aquela coisa sem graça de emoldurar um castelão com tijolos, muros, atalaias e torres de pedra. Nossa vida, filho, é como nosso castelinho, esse pitico da foto: simples, de areia mesmo, do jeitinho que a gente pode, mas bonito como nenhum outro consegue ser.

Obrigado, meu amigão. ❤️
Foi lindo. E sempre será.

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